Dia 31 de Maio de 2014 celebramos o 48. dia mundial das Comunicações Sociais, na Arquidiocese de Brasília foi preparado uma manhã especial para esta data.
Dia mundial das Comunicações Sociais:
“É preciso dar e receber do outro”
Iniciando ás 08h30 com a #SantaMissa na capela da #Catedral presidida pelo Pe Wesley Macedo.
Lançado o
Documentos da CNBB 99 – Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil
O Diretório da Comunicação ajudará a Igreja no Brasil na sua missão evangelizadora, na sua presença samaritana, consoladora, e libertadora. Presença que se estende a todas a periferias geográficas e existências.
Clique e leia a MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA O XLVIII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
#Cultura do #Encontro – #ComunicaçõesSociais — com Wesley Macedo
O virtual não é uma comunicação humana e não pode se encerrar nela mesma. É utilizada para complementar, para se ter o ENCONTRO das pessoas, conhecermos melhor e estar mais perto, por meio do diálogo, dispostos não só a dar, mas onde devemos estar abertos para aprender e receber do outro, ou seja, ouvir verdadeiramente.
A internet nos dá esta possibilidade de encontro do outro. É um dom de Deus!
Palestra: A Igreja e a comunicação
Palestrante: Diego Amorim, Pegada Jovem CN 89.1Fm e Jornalista
Atenção: A mídia secular não tem obrigação de evangelizar. O objetivo é para noticiar, informar, propagar a verdade. O dever de evangelizar é nosso, como pessoa, como cristão, como católico, com nosso testemunho de vida e espiritualidade.
Cuidado! Que ao participar de uma da missa ou festa, a repercussão (nas redes sociais, blogs, etc) seja mais importante do que o encontro em si mesmo.
Encontramos muitas pessoas nas redes sociais que sofrem de uma Solidão Coletiva (e quem tem acha que não pois temos diversos ‘amigos’ virtuais). Isolado do “mundo real” ou da realidade, substituindo pelo contato virtual, gerando muitas vezes doenças espirituais.
Nada vai superar o toque e o abraço!
Segue resumo da ArqBrasília:
A arquidiocese de Brasília celebrou no último sábado, 31 de maio, o 48º Dia Mundial das Comunicações (DMC). O evento abordou o tema Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro, o mesmo da mensagem do Papa Francisco para o Dia, divulgada em 24 de janeiro deste ano.
A celebração começou com a Santa Missa presidida pelo padre Wesley de Sousa Macedo, coordenador do Setor de Comunicação da arquidiocese de Brasília e diretor geral da rádio Nova Aliança. A liturgia do dia era propícia para a ocasião, já que relatava a visitação de Nossa Senhora com Santa Izabel.
Padre Wesley aproveitou o gancho para tratar dois aspectos essenciais da mensagem do Papa: a comunicação e o encontro. “O que pode ser esta cultura do encontro? É somar à experiência do outro por meio do diálogo. Quando entramos no diálogo e escutamos o outro, aprendemos com ele. Precisamos ter consciência disso. O evangelho de hoje nos diz isso: Isabel precisava do Espírito Santo e Maria foi se encontrar com ela, para dar a ela a graça do Espírito Santo”.
A mensagem do Papa
Logo após a Santa Missa, o encontro teve mais dois momentos. O primeiro foi conduzido também por padre Wesley, que discorreu de forma mais detalhada sobre a mensagem do Papa.
De início, o presbítero falou rapidamente sobre o Diretório de Comunicação da Igreja do Brasil, documento lançado na última Assembleia Geral dos Bispos, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O documento traz diretrizes sobre a comunicação eclesial, passando por análises teológicas, estruturais e éticas, até chegar ao uso dos meios de comunicação e fomento da Pastoral da Comunicação.
Na introdução sobre a mensagem do Papa para o DMC deste ano, padre Wesley contou um pouco da história desta celebração, instituída em 1967 pelo Papa Paulo V, atendendo ao decreto Inter Mirifica, do Concílio Vaticano II. A data é comemorada sempre na Festa da Ascenção do Senhor e estabelece reflexões e debates sobre meios e processos comunicativos.
Em seguida, o sacerdote contribuiu para a reflexão dos processos de comunicação virtual. “A cultura do encontro fomentada pelo Papa é a fraternidade na prática. O encontro virtual tem uma grande importância, mas nele não se encerra a comunicação do Evangelho. Usamos e dimensão virtual, mas ela não pode se encerrar nela mesma”.
Continuou: “Precisamos nos conhecer melhor para ir ao encontro das pessoas nas suas bases existenciais. É preciso dar e receber do outro. Para isso é necessário que se quebre a dimensão do preconceito. O encontro nos faz tirar a casca da aparência e vermos a beleza interior”.
Por fim, depois de destacar alguns problemas levantados pelo Papa sobre a comunicação virtual, padre Wesley sublinhou uma atitude singular de Jesus (expressa na passagem do Bom Samaritano), que precisa ser adotada por cada comunicador. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro, mas de se fazer semelhante ao outro para estabelecer o verdadeiro encontro.
Como usar as mídias na cultura do encontro
Voltado para todos aqueles que trabalham ou se interessam por comunicação eclesial e secular, o encontro teve um segundo momento mais dedicado à prática de comunicação, conduzido por Diego Amorim, jornalista do Correio Braziliense e especialista em Jornalismo Multimídia pelo UniCeub.
Católico, o jovem jornalista também atua no grupo Jovens Conectados, da CNBB, e é radialista na emissora Canção Nova de Brasília com o programa Pegada Jovem. Antes, passou pela rádio Nova Aliança apresentando o programa Aliança Jovem.
“Os meios de comunicação social na Igreja são um caminho sem volta. A Igreja deve investir em formação e também financeiramente. O padre da paróquia, ao invés de trocar o sino de ouro por um sino de ouro plus, precisa comprar uma máquina fotográfica. Investindo na máquina ele vai ganhar mais fieis do que comprando o sino”, exemplificou Diego.
O jornalista ressaltou três aspectos que atrapalham na divulgação de mensagens nos meios de comunicação:
Vaidade
“Não se vanglorie por ser religioso. Fazer isso é imaturidade de fé. Você não é melhor do que os outros porque está na Igreja”.
“E o engraçado é que, nessa vida de jornalista, as pessoas mais vaidosas que eu já conheci são professores de marketing e padres”.
“Cuidado com a exposição desnecessária da sua vida na tentativa de curar carências. Não fique dependente das curtidas e compartilhamentos daquilo que você coloca nos meios”.
Intolerância
“Testemunho cristão não se faz com bombardeio de mensagens religiosas. As pessoas precisam olhar a sua imagem nas redes sociais e ver Jesus. Mas temos medo disso: por isso recorremos a estes amuletos religiosos”.
“Se você colocar alguma coisa errada nas redes, não tem problema: isso é a sua vida. É mais bonito ver as pessoas que caem e levantam, do que aquelas que se escondem em uma certa espiritualidade e corrigem os outros com arrogância”.
Alienação
“Cuidado para não propagar nas redes sociais um mundo fechado, de panelinhas de grupos e movimentos. Não estamos preparados para a diversidade e precisamos mudar isso”.
“Temos que fugir das estruturas rígidas e repletas de privilégio”.
“O acolhimento passa pelo cuidado com a interpretação”
“É preciso responsabilidade e transparência. As crises só são superadas com humildade e posicionamento”.
Fonte: http://www.arquidiocesedebrasilia.org.br/noticias.php?cod=1940